Em francês, bouchon significa rolha. Portanto, bouchonné, na tradução literal, é um vinho rolhado. Mas o que significa isto?
Bouchonné ou doença da rolha é um vinho que foi infectado por um composto tricloroanisol, conhecido como TCA. Uma substância química que surge da presença de fungos na rolha de cortiça. Tal elemento ofusca os verdadeiros aromas do fermentado, dando-lhe um cheiro terrível de mofo. O TCA só pode ser identificado depois de o vinho ser aberto. Em estágios iniciais, o aroma pode não ser reconhecido, causando certa controvérsia entre os especialistas. No entanto, quando consumido, o fermentado perde o sabor da fruta e desenvolve gostos que vão do mofado ao avinagrado, tornando-se intragável.
Bouchonné faz mal?
Não há componentes que sejam prejudiciais à saúde em um vinho bouchonné. O fermentando conta apenas com cheiro e gosto ruins, fazendo mal ao paladar.
Qual a chance de comprar um vinho bouchonné?
Estima-se que 5% dos fermentados de uva produzidos no mundo vedados com rolha de cortiça estejam contaminados pela doença da rolha. Número equivalente a mais de um bilhão de garrafas por ano, que independem da qualidade, nível ou procedência do vinho.
Se for servido um vinho bouchonné em um restaurante, pode trocar?
Claro! Todo restaurante com um serviço bom de vinho irá trocar sua garrafa sem titubear e, um sommelier bem preparado irá saber identificar a bebida que estiver com o problema. Apenas lembre-se que não vale trocar a garrafa porque não gostou do vinho.
Existe alguma solução para evitar o bouchonné?
Além de uma higiene mais cuidadosa e da guarda correta dos vinhos, o bouchonné pode ser evitado quando a rolha de cortiça for trocada por modelos sintéticos de rosca, plástico ou screw cap. No entanto, os enófilos mais tradicionais detestariam aposentar o saca-rolhas. Os brasileiros, principalmente, são muito resistentes a essa mudança. Sempre acham que os vinhos com embalagens que não sejam com rolha de cortiça são inferiores, o que não é verdade.
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