Grande parte das pessoas não dispensa um bom vinho durante alguma ocasião especial, como um aniversário ou um jantar entre amigos. Além dos momentos que proporciona, a bebida também é conhecida por ser uma grande aliada da saúde. Muitos dos seus benefícios já foram estudados, mas já é comprovado que o seu consumo moderado, aliado a uma dieta sadia e equilibrada, aumenta a expectativa e a qualidade de vida.
Benefícios
O benefício mais conhecido do consumo moderado de vinho é o aumento do colesterol das proteínas de alta densidade (HDL), conhecido como o “colesterol bom” e, consequentemente, a redução dos níveis do “colesterol mau”, o LDL (lipoproteína de baixa densidade), que resulta na diminuição do risco de acidentes cardiovasculares e derrames cerebrais. Alguns estudos ainda associam o consumo de vinho a possíveis efeitos benéficos para evitar associadas a obesidade, conhecidas como cardiometabólicas, como renais e digestivas.
A prevenção a alterações celulares, que poderiam estar associadas ao aparecimento do câncer também é reconhecida. Principalmente em estudos envolvendo os compostos isolados da uva, os polifenóis. Dentre eles, destacam-se as antocianinas e o resveratrol.
Além disso, em estudo publicado em 2013 em importante jornal de nefrologia, um grupo italiano demonstrou que o consumo de vinho pode reduzir em até 33% o risco de pedra nos rins. Este estudo avaliou 194 mil participantes, os quais foram acompanhados por mais de 8 anos, tendo o aparecimento de 4.462 casos de pedras. Neste estudo comparou-se outras bebidas, onde, por exemplo, o consumo de bebidas adoçadas aumentou em 33% o risco.
Ainda mais recentemente estudo com animais demonstrou que o consumo de vinho, mesmo quando associado a dietas ricas em gordura, é capaz de aumentar o tamanho do fêmur, bem como a densidade óssea nestes animais, prevenindo por exemplo a osteoporose.
Entre os tipos de vinho disponíveis no mercado, o tinto é o que oferece mais benefícios à saúde. Isso deve ao fato de este conter mais polifenóis do que o vinho branco. Os polifenóis são componentes naturais encontrados na casca e na semente das uvas. O resveratrol, um dos elementos químicos presente no vinho tinto, tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A substância é produzida na casca da uva em função da infecção de fungos, inclusive a exposição à levedura durante a fermentação. E como o vinho branco tem pouco contato com a casca das uvas durante o processo, ele não contém tantos níveis dessa substância.
Vale lembrar que o vinho tinto só traz todos os benefícios citados a cima quando bebido regularmente junto com as refeições, com moderação e por pessoas que não possuam contra indicação à ingestão de álcool. O consumo precisa ser diário porque as propriedades do vinho não são armazenadas no corpo por longos períodos e precisam, portanto, serem sempre repostas. O consumo ideal é de cerca de 250 ml para os homens, o que equivale a duas taças; e 150 ml para as mulheres, equivalente a uma taça.
Texto revisado:
Biomédica e PhD em Biotecnologia
Kommentare