Sensory Business
13 de mai de 2020
Grande parte das pessoas não dispensa um bom vinho durante alguma ocasião especial, como um aniversário ou um jantar entre amigos. Além dos momentos que proporciona, a bebida também é conhecida por ser uma grande aliada da saúde. Muitos dos seus benefícios já foram estudados, mas já é comprovado que o seu consumo moderado, aliado a uma dieta sadia e equilibrada, aumenta a expectativa e a qualidade de vida.
O benefício mais conhecido do consumo moderado de vinho é o aumento do colesterol das proteínas de alta densidade (HDL), conhecido como o “colesterol bom” e, consequentemente, a redução dos níveis do “colesterol mau”, o LDL (lipoproteína de baixa densidade), que resulta na diminuição do risco de acidentes cardiovasculares e derrames cerebrais. Alguns estudos ainda associam o consumo de vinho a possíveis efeitos benéficos para evitar associadas a obesidade, conhecidas como cardiometabólicas, como renais e digestivas.
A prevenção a alterações celulares, que poderiam estar associadas ao aparecimento do câncer também é reconhecida. Principalmente em estudos envolvendo os compostos isolados da uva, os polifenóis. Dentre eles, destacam-se as antocianinas e o resveratrol.
Além disso, em estudo publicado em 2013 em importante jornal de nefrologia, um grupo italiano demonstrou que o consumo de vinho pode reduzir em até 33% o risco de pedra nos rins. Este estudo avaliou 194 mil participantes, os quais foram acompanhados por mais de 8 anos, tendo o aparecimento de 4.462 casos de pedras. Neste estudo comparou-se outras bebidas, onde, por exemplo, o consumo de bebidas adoçadas aumentou em 33% o risco.
Ainda mais recentemente estudo com animais demonstrou que o consumo de vinho, mesmo quando associado a dietas ricas em gordura, é capaz de aumentar o tamanho do fêmur, bem como a densidade óssea nestes animais, prevenindo por exemplo a osteoporose.
Entre os tipos de vinho disponíveis no mercado, o tinto é o que oferece mais benefícios à saúde. Isso deve ao fato de este conter mais polifenóis do que o vinho branco. Os polifenóis são componentes naturais encontrados na casca e na semente das uvas. O resveratrol, um dos elementos químicos presente no vinho tinto, tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A substância é produzida na casca da uva em função da infecção de fungos, inclusive a exposição à levedura durante a fermentação. E como o vinho branco tem pouco contato com a casca das uvas durante o processo, ele não contém tantos níveis dessa substância.
Vale lembrar que o vinho tinto só traz todos os benefícios citados a cima quando bebido regularmente junto com as refeições, com moderação e por pessoas que não possuam contra indicação à ingestão de álcool. O consumo precisa ser diário porque as propriedades do vinho não são armazenadas no corpo por longos períodos e precisam, portanto, serem sempre repostas. O consumo ideal é de cerca de 250 ml para os homens, o que equivale a duas taças; e 150 ml para as mulheres, equivalente a uma taça.
Texto revisado:
Biomédica e PhD em Biotecnologia